Eurico,
o presbítero
Alexandre
Herculano
Eurico
e Hermengarda amam-se com violenta paixão. Entretanto, embora ele
seja um gardingo (nobre, entre os visigodos), não vence o orgulho
do pai dela, Favila, duque da Cantábria, que impede o casamento.
Abandonando a corte de Teletum, Eurico torna-se presbítero
(sacerdote), passando a viver retirado em Cartéia, pequena cidade
perto de Calpe (Gibraltar). Por essa época, os árabes invadem a
Península.
O exército visigodo é derrotado às margens do rio Críssus.
Nessa grande batalha um cavaleiro misterioso, vestido de negro, é o
último a se retirar, lutando com tal ímpeto e coragem, que os árabes,
mesmo vitoriosos, passam a temê-lo, supersticiosamente. È o presbítero
de Carteia, que, sempre incógnito, une-se posteriormente, nas
montanhas, à resistência chefiada por Pelágio, irmão de
Hermengarda. Esta, por sua vez, fora aprisionada pelos árabes
durante o ataque ao convento em que se refugiara. O cavaleiro negro,
chefiando dez homens de Pelágio, consegue resgatá-la do
acampamento de Abdulazis, o amir que a tomara por escrava.
Eurico revela, enfim, sua identidade, mas está impedido de
unir-se a Hermengarda devido aos votos sacerdotais. Já bastante
atormentada por longos sofrimentos, Hermengarda não suporta as emoções
da revelação e enlouquece.
Eurico, na batalha de Auseba, quando os visigodos estão
vencendo, desaparece propositalmente no meio dos inimigos. |