1889-1930
-
Período conhecido como "República Velha", caracterizado
pela chamada política do café com leite, pela alternância no
poder de representantes de Minas ou São Paulo. Priorizou o modelo
agrário exportador e uma política contra a industrialização.
1904
–
A Revolta da Vacina, movimento popular contra a vacinação compulsória,
teve como antecedentes a remodelação da cidade do Rio de Janeiro,
onde o Prefeito Pereira Passos expulsou os pobres que viviam no
centro colonial, substituído pela moderna Avenida Central,
inspirada no modelo aplicado em Paris pelo Barão de Hausmann.
1917-1922
–
Crise e esgotamento da "República Velha", governada por
uma elite agrária, quando a indústria sinalizava o novo dinamismo
da economia e da sociedade. Neste período foram deflagradas as
primeiras greves operárias, de ideário anarquista, duramente
reprimidas pelo governo federal, que tratava a questão social como
"Caso de Polícia".
1922
–
Consolidação do Tenentismo, movimento que refletia a insatisfação
dos militares e o desejo de participação das camadas médias.
1922
-
Realizada Semana de Arte Moderna, em fevereiro, onde escritores e
artistas brasileiros propõem a destruição da cultura europeizante
e passadista.
1930
-
A Revolução de 30 instaurou no Brasil um novo modelo de
desenvolvimento industrial e urbano. A adoção desse modelo foi
estimulada pelos efeitos, no Brasil, do crash de 1929, que
derrubou os preços do café e de outros produtos brasileiros para
exportação.
1930-1945
-
Era Vargas “período do governo autoritário e centralizado do
Presidente Getúlio Vargas, caracterizado pelo populismo,
nacionalismo, trabalhismo e forte incentivo à industrialização.
11/11/1937
–
O "Estado Novo", institucionalizou, de fato, o regime
ditatorial, vigente desde 1930. A Constituição de 1937, inspirada
no fascismo italiano, a "polaca", foi elaborada para ser
uma Carta "livre das peias da democracia liberal" nas
palavras do responsável por sua elaboração, o Ministro da Justiça
Francisco Campos.
1942
-
O torpedeamento de cinco navios mercantes brasileiros e as fortes
pressões populares, obrigaram o governo brasileiro a se aliar aos
Estados Unidos; foram organizadas as Forças Expedicionárias
Brasileiras (FEB), que enviaram soldados para combater ao lado dos
aliados.
1945
-
Com a onda democratizante do pós-guerra, Vargas organizou os
partidos, por decreto e sob forte controle; os dois maiores
partidos, o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB), articularam uma aliança nacional que durou quinze
anos.
1945
–
Nas primeiras eleições após a guerra foi eleito presidente Eurico
Gaspar Dutra pelo PDS.
1946
–
Após a instalação de uma Assembléia Nacional Constituinte, que
elaborou uma nova Constituição que restabeleceu os direitos
individuais, aboliu a pena de morte, devolveu a autonomia de estados
e municípios com independência dos três poderes – Legislativo,
Judiciário e Executivo. Estabeleceu as eleições diretas para
Presidente, com mandato de cinco anos.
1947
–
Sob fortes pressões da Guerra Fria o Brasil decretou a ilegalidade
do Partido Comunista Brasileiro (PCB), cassou parlamentares desse
partido, fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT),
interveio em centenas de sindicatos e rompeu relações diplomáticas
com a União Soviética.
1950
–
Getúlio Vargas, eleito Presidente pelo PTB, deu continuidade a uma
política nacionalista, populista e pró- industrialização:
a)
enviou ao Congresso o projeto para a criação da Petrobrás e; b)
flexibilizou as relações sindicais permitindo a Greve dos 300 Mil;
c) criou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e
limitou em 10% a remessa de lucros para o exterior. .
1938-1950
- Urbanização
das grandes capitais do sudeste brasileiro, decorrente da
industrialização e das migrações rurais urbanas.
1954
-
A política de Vargas provocou a reação da oposição
conservadora, liderada pela União Democrática Nacional (UDN). Com
as palavras "Saio da vida para entrar na história" o
Presidente Vargas se suicidou e tomou posse o Vice João Café
Filho.
1955
-
Juscelino Kubitschek (JK), vitorioso nas eleições para presidente,
pelo PSD, criou o Plano de Metas e consolidou o Modelo
Desenvolvimentista.
1956
- JK envia ao Congresso Nacional o projeto para construção da nova
capital brasileira, Brasília.
01/04/1964
- Os militares tomaram o poder e, através de um ato institucional,
iniciaram uma perseguição a todos que fossem considerados como
ameaça ao regime.
1967
– Elaborada a sexta Constituição no Brasil, que institucionaliza
o regime militar. O general Artur da Costa e Silva elimina a Frente
Ampla, movimento político liderado pelos ex-presidentes João
Goulart e JK e pelo ex-governador da Guanabara, Carlos Lacerda.
1968
–
A morte do estudante Edson Luís, em protesto estudantil, mobilizou
estudantes e populares que, com o apoio da Igreja Católica,
realizaram a Passeata dos Cem Mil. Ao mesmo tempo ocorrem as greves
de Contagem e Osasco e surgem focos de luta armada. O regime
endureceu, fechando o Congresso Nacional e decretando o Ato
Institucional no 5, que institucionaliza a repressão.
1969-1974
–
Governo do general Garrastazu Médici, considerado o período mais
brutal da ditadura militar brasileira, também conhecido como anos
de chumbo. A área econômica é caracterizada por projetos faraônicos,
como a construção da Transamazônica, estrada inacabada, até os
dias de hoje, que invadiu terras indígenas e produziu degradação
do meio ambiente.
1975
–
A sociedade civil começa a se movimentar; os intelectuais e acadêmicos
fizeram duras críticas ao regime no SBPC (Congresso Brasileiro para
o Progresso das Ciências); os movimentos populares pediram melhores
condições de vida nas cidades;
1974-1979
– O general Ernesto Geisel assume a Presidência e encarrega o
General Golberi dio Couto e Silva para desenhar um processo de
abertura lenta, gradual e segura.
Década
de 1980 –
Considerada a década perdida no âmbito econômico, foi a década
achada no sentido político: a) nas eleições para governadores, em
1982, os candidatos da oposição, do MDB, saíram vitoriosos nas
principais metrópoles brasileiras; b) a sociedade brasileira se
movimentou, ocupando todas as capitais brasileiras, exigindo eleições
diretas para Presidente, no movimento conhecido como “Diretas Já”.
1985
–
Se encerrou a primeira fase da Transição Democrática brasileira,
com a saída dos militares do governo, depois de 21 anos, e a eleição
(indireta) de Tancredo Neves, que morre antes de tomar posse,
assumindo o Vice Presidente José Sarney.
1985-
1989 –
A Nova Republica marcou, no plano político, a consolidação da
abertura democrática, no processo de transição mais longo da América
Latina. No plano social significou a diminuição da repressão, ao
permitir a expressão de demandas há tanto tempo reprimidas. No
plano econômico o período é caracterizado por uma inflação
galopante e pelo “Plano Cruzado, a primeira tentativa (fracassada)
de estabilizar a moeda”.
1987-1988
–
Abertura da Assembléia Nacional Constituinte e promulgação da
Constituição de 1988
1990
-
Primeiras eleições diretas para Presidente, onde se enfrentam no
segundo turno, Fernando Collor de Mello e Luíz Inácio da Silva (o
Lula), do Partido dos Trabalhadores (PT).
1990-1992
-
O candidato vitorioso, Fernando Collor iniciou seu governo com o
confisco das contas correntes e da poupança de toda a sociedade
brasileira e apresenta um ambicioso programa de estabilização da
economia, o "Plano Collor". Com o fracasso do Plano volta
a inflação galopante e se agrava a recessão, presente desde a década
anterior.
1992
–
Acusado, por seu próprio irmão, de envolvimento em esquema de
corrupção, o Presidente foi investigado por uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI). Ao mesmo tempo os "caras
pintadas" saem às ruas exigindo o impeachment de
Collor, que é afastado pelo Congresso, assumindo o Vice Itamar
Franco.
1994
-
O novo presidente Itamar Franco, nomeou o senador Fernando Henrique
Cardoso para Ministro da Fazenda; foi criado o Plano Real para
estabilização da moeda. Nas eleições desse ano se enfrentam, no
segundo turno, Luíz Inácio da Silva do PT e Fernando Henrique
Cardoso (FHC), do PSDB, que sai vitorioso.
1995-
1998 –
Para concretizar a estabilidade econômica a sustar a crise fiscal
do Estado, causada pela dívida externa e interna, foram
desencadeadas as reformas constitucionais. Ao mesmo tempo, foi
derrubado o monopólio em vários setores, como o petróleo, a
telecomunicação, gás canalizado e a navegação de cabotagem.
1998
–
Fernando Henrique Cardoso é reeleito para mais um mandato de 4
anos. Na área econômica o governo encaminhou a reforma da Previdência
e continuou o processo de privatização.
2.000
– O
Brasil comemora os 500 anos do descobrimento. |