1808 - A transferência da Corte portuguesa, para fugir das ameaças das Guerras Napoleônicas, trouxe vantagens para a nova Colônia-Reino: a) abriu os portos brasileiros para todas as nações; b) reformou e remodelou a cidade do Rio de Janeiro; c) estimulou a economia regional, diversificando a agricultura no sul e intensificando a produção do charque no Rio Grande do Sul; d) desenvolveu a cultura do algodão, cotada para a indústria têxtil inglesa.

1810 - O Tratado de Methuen consolida a dependência de Portugal ao imperialismo inglês, através de uma série de privilégios para a Inglaterra, provocando protestos de portugueses e brasileiros: a) os produtos ingleses foram taxados na Alfândega (15%) com valores inferiores aos portugueses (24%); b) os moradores ingleses poderiam ser julgados no Brasil de acordo com as leis inglesas e por juízes da Inglaterra.

1816 - Anexação do Uruguai ao Reino Unido do Brasil, com o nome de Província Cisplatina, respondendo aos sonhos expansão da monarquia absolutista portuguesa e o medo dos revolucionários criollos que promoviam as Guerras de Independência das colônias espanholas.

1817 - Primeira experiência republicana no Brasil, com a insurreição de Pernambuco pela independência e formação de uma República. Os proprietários de terra, enfraquecidos com a crise do açúcar, aderiram e se uniram aos revolucionários (artesãos e trabalhadores urbanos), que formaram um governo com uma constituição provisória. O movimento foi esmagado e seus líderes enforcados e esquartejados.

1821 - A Revolução do Porto uniu as classes dominantes, os militares e os revolucionários portugueses, exigindo o fim da monarquia absolutista e a formação de uma Assembléia Constituinte, obrigando D. João VI, a voltar para Portugal e deixando no Brasil seu filho D. Pedro, como Príncipe Regente.

9 de janeiro de 1822 - O Dia do Fico, representa a decisão do Príncipe Regente de permanecer no Brasil, desobedecendo as novas leis vindas de Portugal, que extinguia a regência e exigia a volta de D. Pedro.

7 de setembro de 1822 - A independência do Brasil marcou o fim da tumultuado conflito entre as tentativas de Portugal para (re) colonizar o Brasil e deixou para depois a resolução dos imensos problemas da nova nação: a crise econômica, a guerra com Portugal, à necessidade de reconhecimento pelas nações estrangeiras e a elaboração da nova Constituição.

11 de agosto de 1826 - Após trezentos anos de inexistência de Universidades, e com uma população alfabetizada de apenas 3%, o Imperador criou, por Lei, duas escolas de Direito nos moldes da Universidade de Coimbra: a de Olinda, para atender à população do norte, transferida em 1854 para o Recife, e a de São Paulo, para atender a demanda do sul.

1824 - A opção de D. Pedro pelos conservadores provocou, em Recife, a "Confederação do Equador" que se espalhou por todo o nordeste.

1825 - A Inglaterra assinou um tratado com o Império brasileiro, no qual reconheceu a independência do Brasil, em troca da garantia de continuidade de seus privilégios no Brasil. Portugal também foi favorecido nesse tratado, pois o Brasil se comprometeu a pagar o empréstimo feito pelo governo português a Londres, para combater os nacionalistas brasileiros e indenizar o rei de Portugal pelas propriedades tomadas pela guerra.

1826 - Entrou em funcionamento o Parlamento previsto pela Constituição de 1824.

7/4/1831 - D. Pedro, após o confronto com os deputados liberais, abdicou em favor de seu filho, de 5 anos de idade, e voltou para a Europa.

1831 - Inicia-se a Regência, com o poder nas mãos dos liberais, que tentaram, com sucesso, o saneamento econômico do Brasil.

1834 - Ato Adicional, onde os liberais tentaram implantar uma reforma política que diminuísse o centralismo e aumentasse a autonomia do poder local, através de eleições em todas as cidades do país, onde saíram vitoriosos os candidatos liberais.

1835 - O monopólio do poder pelo partido vencedor nas eleições marginalizou da oposição, desencadeando revoltas em várias províncias, das quais as mais conhecidas foram a Revolta dos Cabanos, no Pará, e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.

1831-1850 - Acirramento da luta contra o tráfico de escravos, resultado do confronto entre o Brasil, econômica e culturalmente assentado na escravidão, e as nações européias, que concretizaram suas revoluções burguesas e industrial e ansiavam por transformar os escravos em seus futuros consumidores.

1837 - A renúncia de Feijó marcou o término do breve período liberal e descentralizante e dos planos liberais de contenção ao tráfico de escravos e eliminação da sociedade escravista.

1840-41 - Para conter a onda conservadora, os liberais lançaram a campanha vitoriosa da maioridade de D. Pedro II que, coroado, formou um Ministério liberal, substituído no ano seguinte por um conservador, inaugurando o costume de troca de Ministérios que vigorou até o fim do Império.

1842 - Revolução dos liberais que, com os conservadores se organizaram como partidos políticos.

1844 - Venceu o tratado que concedia privilégios aos ingleses, na vigência de um Ministério liberal, que aproveitou a oportunidade para aumentar a taxar os produtos ingleses, permitindo sanear as finanças e implantar algumas experiências industriais.

1845 - A Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen, lei que permitia aos navios ingleses atacarem, em águas internacionais, navios brasileiros envolvidos com o tráfico de escravos. Com a intensificação da repressão ao tráfico, os ingleses passaram a atacar os navios nos portos brasileiros. A extinção do tráfico internacional, resultado de um acordo secreto entre os dois governos, não impediu que continuasse, por muitas décadas, o tráfico interno, onde os cafeicultores adquiriram os escravos do nordeste.

1850 - A promulgação da Lei de Terras aumentou o poder dos proprietários de terra e donos de escravos; ao proibir a posse da terra aos que nela já habitavam, expulsou os índios e posseiros que lá viviam desde os tempos coloniais.

1890 - Crescimento acelerado da população brasileira que, graças à imigração estrangeira, atingiu 14,3 milhões de habitantes.

13 de maio de 1888 - A assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, foi o término de um processo para atender os interesses capitalistas da Inglaterra, que pleiteavam a abolição da escravidão no Brasil.

15/11/1889 - Proclamação da República, com o afastamento do Imperador e sem derramamento de sangue.

Década de 1890 - Incentivo à política de imigração estrangeira, para substituir a mão de obra escrava; 184 mil imigrantes chegaram ao Brasil, se dirigindo principalmente ao estado de São Paulo.

1891 - A Constituição deste ano criou um conflito permanente, por concentrar o poder no Presidente e, ao mesmo tempo, permitir uma grande autonomia dos Estados.

1897 – O massacre do movimento de Canudos pelas tropas federais evidenciou o descolamento entre a República e o povo brasileiro. Esse movimento inspirou duas obras primas da literatura latino-americana: "Os Sertões" de Euclides da Cunha e "A Guerra do Fim do Mundo" de Mario Vargas Llosa.

1897 – Afonso Pena, Presidente da província de Minas Gerais, inaugura a cidade de Belo Horizonte, com projeto Aarão Reis, nos moldes do urbanismo republicano.

 

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