Luís
Vaz de Camões nasceu provavelmente em Lisboa, em 1524 ou
1525, é considerado o maior poeta renascentista português
e uma das mais expressivas vozes de nossa língua. Sobre sua
vida pessoal pouco se sabe com certeza; tinha possível
ascendência fidalga, mas não era rico.
Participou
de campanhas militares no norte da África; perdeu o olho
direito em Ceuta (Marrocos), em combate.
Regressando
a Lisboa, freqüentou reuniões da nobreza cortesã e a boêmia
lisboeta.
Camões
foi preso em 1552 em virtude de ter ferido em uma briga um
servidor do paço, e foi desterrado para o Oriente em 1553.
Durante
três anos prestou serviço militar na Índia, seguindo
depois para Macau, na China, em cargo burocrático da Justiça.
Segundo
a lenda, o poeta teria perdido uma namorada chinesa,
Dinamene, em naufrágio, quando regressava de Macau. Nadando
com apenas um braço, conseguiu salvar os manuscritos de seu
poema épico, Os Lusíadas.
A
obra “Os Lusíadas”, foi publicada em 1572 e Camões
passou a receber irregularmente uma pensão (“tença”,
nos termos da época) do governo português.
Faleceu
bem pobre em Lisboa, em 1580.
A
obra poética de Camões abrange uma extensa produção lírica,
escrita tanto nas formas poéticas tradicionais, de origem
medieval (a “medida velha” – versos redondilhos
maiores e menores), como nas formas de feição clássica e
italianizante (a “medida nova” – versos decassílabos).
Pouquíssimos
poemas líricos foram publicados durante sua vida; somente
em 1595 surgiram as Rimas, reunindo poemas coletados
em diversos cancioneiros manuscritos. Ainda hoje há
dificuldades para se delimitar precisamente a produção lírica
do poeta. |