Sobre
a vida de Fernão Lopes pouco se sabe. Teria nascido entre
1378 e 1383, falecendo por volta de 1460.
Em
1418, foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, ou seja,
tornou-se responsável pela preservação do arquivo (tombo)
real, espécie de cartório então localizado numa das
torres do castelo de Lisboa.
Em
1434, passou a cronista-mor do Reino, cargo que o tornava
redator oficial das crônicas (as narrativas históricas)
dos reis de Portugal.
Fernão
Lopes provavelmente escreveu as crônicas de todos os reis
de Portugal até então, incluindo a do próprio D. Duarte,
contemporâneo seu.
Aos
nossos dias chegaram três obras cuja autoria é
incontestavelmente sua: a Crônica de D. Pedro, a Crônica
de D. Fernando e a Crônica de D. João I (primeira e
segunda partes).
Em
1942 e 1945 foram descobertos manuscritos de uma Crônica
dos sete primeiros reis de Portugal, conhecida também como
Crônica de Portugal de 1419, cuja autoria tem sido atribuída
a Fernão Lopes. |