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dos autores portugueses

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu em Lisboa em 1810 e faleceu nas proximidades de Santarém, em 1877. De família modesta, não pôde fazer estudos universitários: foi um autodidata.

Exilou-se em 1831, fugindo da perseguição dos absolutistas. No ano seguinte participou da tomada do Porto pelos liberais (juntamente com Garrett).

Durante sete anos, foi diretor da Panorama, revista de caráter artístico e científico na qual publicou várias de suas obras. Dedicou-se seriamente à atividade de historiador, pesquisando e coletando documentos por todo o país. Teve conflitos ideológicos com o clero porque se negou a admitir como verdade histórica o chamado “Milagre de Ourique” – segundo o qual Cristo aparecera ao rei Afonso Henriques naquela batalha. Sua desilusão com a vida pública foi aumentando gradualmente, o que o fez recusar títulos e nomeações e ocupar-se da agricultura em sua propriedade em Vale de Lobos, próximo a Santarém. Mesmo retirado, gozou de grande prestígio até o fim da vida.

Herculano foi responsável pela introdução e pelo desenvolvimento da narrativa histórica em Portugal. Publicou as Lendas e narrativas, conjunto de contos e novelas predominantemente dedicados a temas históricos (como “O alcaide de Santarém”, “Arras por foro de Espanha”, “A morte do Lidador”, “A dama pé-de-cabra”, entre outros) e os romances históricos O bobo; Eurico, o presbítero e O monge de Cisper – os dois últimos formam o Monasticon.

Escreveu poesia (A voz do profeta, A harpa do crente, Poesias) e uma vasta obra historiográfica, que inclui quatro volumes da História de Portugal e também a História da origem e estabelecimento da Inquisição em Portugal. Além disso, deixou ensaios sobre diversas questões polêmicas da época, que se somam à sua intensa atividade jornalística.

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