José
Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba
paulista, em 1882, e faleceu em São Paulo em 1948.
Formado
em Direito foi nomeado promotor público em Areias, no vale
do Paraíba paulista, em 1907.
Em
1917, depois de uma mal-sucedida experiência agrícola na
fazenda herdada do avô, mudou-se para São Paulo e comprou
a Revista Brasil, na qual passou a trabalhar. Com a
falência da sua editora, em 1925, assumiu o cargo de adido
comercial brasileiro em Nova Iorque.
Voltou
ao Brasil em 1931 e fundou a Companhia Petróleo do Brasil.
Nacionalista, lutou por melhores condições de educação e
saúde públicas, pela exploração de ferro e petróleo e
pelas liberdades democráticas.
Entrou
diversas vezes em conflito com o governo do Estado Novo; em
1941 passou três meses na cadeia.
Em
1946, mudou-se para Buenos Aires. Não se adaptando voltou a
São Paulo, aonde veio a falecer pouco depois.
O
melhor de sua prosa de ficção se encontra nos livros de
contos Urupês, Cidades mortas e Negrinha. Escreveu
também O macaco que se fez homem (contos), O
choque de raças ou O presidente negro (romance) e as crônicas
e artigos polêmicos reunidos nos livros: Problema vital,
Idéias de Jeca Tatu, Mundo da lua, Jeca-tatuzinho, Mr.
Slang e o Brasil, Ferro, América, Na antevéspera, O escândalo
do petróleo e Zé Brasil.
Foi
o mais importante autor da literatura infantil brasileira,
criando o ciclo do Sítio do Picapau Amarelo, do qual
fazem parte obras-primas como Reinações de Narizinho,
Viagem ao céu, Caçadas de Pedrinho, Memórias da Emília,
O minotauro, A reforma da natureza e A chave do tamanho,
entre outros títulos.
Na
literatura adulta, Lobato é sobretudo um criador de contos
regionalistas, um “contador de histórias” caipiras.
Seus cenários, personagens e enredos resgatam o Brasil
rural em extinção, com um tom marcado pela oralidade e uma
constante preocupação com as contradições do país, no
impasse entre o atraso e a modernização. |