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dos autores brasileiros

Afonso Henriques de Lima Barreto, aos seis anos fica órfão de mãe. Faz o curso secundário e ingressa na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1897.

Abandona o curso e vai trabalhar no Expediente da Secretaria da Guerra, para sustentar a família. Trabalha depois como jornalista no Correio da Manhã. Leva a vida atribulada e entrega-se a boêmia, em virtude da loucura do pai e do seu complexo de cor - tudo isso acaba por motivar sua internação num hospício. Esses problemas pessoais, Lima Barreto transporta-os para os seus livros. Daí o caráter autobiográfico dos seus personagens.

Lima Barreto deixa-nos contos, crônica, ensaios, mas se notabiliza principalmente como romancista. Estréia em 1908 com o romance "Recordações do escrivão Isaías Caminha". Escreve ainda: "Triste fim de Policarpo Quaresma" (publicado em 1911, em folhetins, no Jornal do Comércio, e em 1915 em livro); "Numa e a Ninfa", romance de sátira política (1915); "Histórias e Sonhos", contos (1920); "Bagatelas", crônicas (1923).

Sua obra aborda temas e motivos literários vindos do século XIX, dentre os quais o mulato, o Rio de Janeiro, o humorismo - temas sociais impregnados de crítica amarga e impiedosa, fruto de uma vida atormentada por várias circunstâncias.

Lima Barreto é valorizado pelos modernistas da Semana de 22 pela sua capacidade de introduzir na obra literária, fatos, situações e linguagens do cotidiano. Seu estilo é flutuante e desigual, cheio de altos e baixos: há páginas modelares, como também se percebe, em certos trechos, a falta de preocupação literária e, não raro, displicência.

O romance mais popular deste autor é "Triste fim de Policarpo Quaresma". Organiza-se em três partes, cada uma das quais correspondentes às fases da vida do herói Policarpo Quaresma, digno funcionário público cujo fanatismo patriótico é ridicularizado pelo autor.

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