>> Conheça a galeria
dos autores brasileiros

João da Cruz e Souza nasceu em 1681 em Desterro, atual Florianópolis, Santa Catarina, e morreu em Sítio, nas proximidades de Barbacena, Minas Gerais, em 1898.

            Filho de escravos alforriados, foi educado pelos antigos senhores de seus pais. Começou sua carreira jornalística e literária em Desterro, colaborando para os jornais locais com textos abolicionistas e publicando Tropos e fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Vítima de preconceito racial, não pôde assumir o cargo de promotor público em Laguna, Santa Catarina.

            Cruz e Souza trabalhou como ponto de uma companhia teatral; em 1890, fixou-se no Rio de Janeiro e integrou-se ao grupo de poetas simbolistas da Folha Popular.

            Empregado modesto da Estrada de Ferro Central do Brasil, sofreu o processo de dissolução de sua família pela tuberculose e pela loucura de sua mulher; ele mesmo morreu tuberculoso, na localidade mineira aonde fora para tratamento.

            Em vida, publicou Tropos e fantasias, poema em prova, em parceria com Virgílio Várzea; Missal, poemas em prosa; e Broqueis, versos.          

            Postumamente, surgiram Faróis, Últimos sonetos, O livro derradeiro, livros de poemas em versos, e Evocações, poemas em prosa.

            Os primeiros livros de Cruz e Souza combinam recursos estéticos simbolistas, como a musicalidade, as sugestões cromáticas e sinestésicas, a elementos parnasianos e naturalistas, como o apego formal, o vocabulário de sabor científico, certo pessimismo de base materialista.

            Sua linguagem conseguiu ampliar os recursos expressivos da poesia brasileira, explorando ousadamente as sonoridades e o poder de sugestão verbal.       

Visualizado em 800 x 600          © Copyright 2002          Todos os direitos reservados